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Morte I

Às vezes os ossos começam a se roer Às vezes a pele começa a arder O corpo sente a dor que não sentem tantos E as lágrimas riscam o rosto de muitos em prantos Às vezes o cérebro desliga Às vezes o olho cega O músculo fatiga E a dor pega E o pulmão erra E a garganta engasga O corpo na terra É o fim de uma saga O sangue jorra A pele torra O sorriso sarcasmo E a alma marasmo Último ano de idade Último vivido pela metade Primeiro ano de castidade É o fim da eternidade

Olha(r)

Olha, E que tais olhares são esses? Os teus Aos meus Que complicação da nossa relação. É bom? É bom. Será? Não imaginei de primeira, Apesar de ter. Mas não (te) ter. Olhar de ser (minha?), De (te) ser, De temer. Será? Se for Será? Mas se for, não vai ter que dizer "Se foi"? Sabe? Porque os olhares Teus Aos meus São estranhos.

Coração de vidro

Coração de vidro, bombeia veneno e pede antídoto, espera dor e procura amigo, amor, um segundo de conforto; um segundo estando morto Coração de vidro, procura o reto e acha o torto, tem o pulmão cheio de tabaco, o fígado de álcool e sempre se termina em caco.

Octógono

eu contra mim tu contra ti nós contra o mundo                     e ele a nosso favor